Dador O, N-S vuln.
Tem a seguinte mão em Norte
R
R D 8 3
R 8 5 4
A R 9 6        
O leilão seguiu:

NORTE	ESTE	SUL	OESTE
			1
?

O que faz em Norte?
As opções parecem ser:
1) Passe
2) Dobre
3) 1ST
Analisando cada uma delas, em todas encontramos factores positivos e negativos, o que não quer dizer que tenham o mesmo peso. Assim, na opção 1) o passe é um adiar de problema que nos pode sair caro. Sobra muito pouco para Este e Sul e o leilão pode morrer com a abertura. Pior ainda se Este tiver fôlego para responder à abertura, o que deixa o seu parceiro ainda mais nas lonas do que seria esperado. Parece então que o melhor é agir. Mas como? O dobre da opção 2) tem o inconveniente de ser forte a probabilidade de ouvir espadas do seu parceiro, o que o vai deixar numa situação de alguma forma pior que a inicial. Resta, portanto, a opção 3), que cumpre quase todos os requisitos de uma intervenção em ST - 16 a 18 pontos e defesa no naipe de abertura. O quase é porque o singleton a espadas é um inconveniente. Mas bem menos prejudicial do que no caso de decidir dobrar.

O leilão na minha mesa, seguiu:

NORTE	ESTE	SUL	OESTE
			1
P	2*	P	2
?

A voz de 2 mostra um unicolor a espadas, fraco ou forcing de partida, o abridor marcou 2 mostrando uma abertura de zona 1 e o problema para Norte agravou-se e de que maneira. Isto porque agora, não só a mão de Este ainda não está definida, se bem que tudo indique que seja uma mão de desistência, mas também porque o risco aumentou. De qualquer forma, se decidiu passar na primeira volta foi para entrar mais tarde, pelo que não deve passar. Agora tem a certeza que se o fizer o leilão vai terminar, porque não será o seu parceiro a descobrir uma reabertura para o nível 3. Neste momento a sua única opção é dobrar, mostrando força de jogo e desejo de competir nos naipes não falados. A questão está em saber se ainda vai a tempo de encontrar o seu contrato. As 4 mãos:

Moral da história: NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE PODE FAZER HOJE. Em bridge, a gestão do timing é fundamental