Os
contratos de partida
A pontuação
atribuída ao número de vazas realizada referida
na Página
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do Capítulo I é apenas uma das partes da pontuação
atribuída ao cumprimento de um contrato. Com efeito, a
este valor é adicionada uma bonificação,
correspondente à natureza e risco do contrato. Sempre
que a pontuação correspondente ao número
de vazas realizadas (desde
que prometidas no contrato) for igual ou superior a 100 pontos, o campo
tem uma bonificação de 300 pontos. A este valor
chama-se PRÉMIO
DE PARTIDA.
Se a pontuação obtida for inferior a 100 pontos
ou se o contrato prometido não era suficiente para alcançar
esta pontuação, a bonificação é
de 50 pontos. A este valor chama-se PRÉMIO DE CONTRATO PARCIAL.
Para melhor se entender este mecanismo, repare-se nas seguintes
situações:
O contrato final foi de 1ST (7
vazas). O declarante realizou as vazas prometidas. A pontuação
obtida será:
40 pontos do primeiro nível de contrato + 50 pontos de
bonificação = 90 pontos
O contrato final foi de 1ST (7
vazas). O declarante realizou 9 vazas. A pontuação
obtida será:
(40 pontos do primeiro nível de contrato + 30 pontos da
vaza correspondente ao 2º nível + 30 pontos da vaza
correspondente ao 3º nível) + 50 pontos de bonificação
= 150 pontos. ATENÇÃO:
apesar da soma dos pontos correspondentes às vazas realizadas
ser igual a 100 (40+30+30), a bonificação obtida
é a de um contrato parcial, uma vez que o contrato não
comprometia o campo a realizar 9 vazas mas apenas 7 vazas.
O contrato final foi de 3ST (9
vazas). O declarante realizou 9 vazas. A pontuação
obtida será:
(40 pontos do primeiro nível de contrato + 30 pontos da
vaza correspondente ao 2º nível + 30 pontos da vaza
correspondente ao 3º nível) + 300 pontos de bonificação
= 400 pontos. Compare
este exemplo com o anterior. O número de vazas realizado
foi o mesmo, mas os contratos eram diferentes. Neste último
caso, o risco corrido pelo campo, ao comprometer-se com um contrato
de PARTIDA, foi compensado com uma bonificação
superior.
Obtemos,
assim, uma nova TABELA
DE DECISÃO.
TABELA
DE DECISÃO |
NÚMERO DE PONTOS |
CONTRATO |
PONTUAÇÃO |
37 a 40 |
7ST (13 vazas) |
520 pontos
(40+30x6)+300 |
33 a 36 |
6ST (12 vazas) |
490 pontos
(40+30x5)+300 |
30 a 32 |
5ST (11 vazas) |
460 pontos
(40+30x4)+300 |
27 a 29 |
4ST (10 vazas) |
430 pontos
(40+30x3)+300 |
25 a 26 |
3ST (9 vazas) |
400 pontos
(40+30x2)+300 |
23 a 24 |
2ST (8 vazas) |
120 pontos
(40+30x1)+50 |
20 a 22 |
1ST (7 vazas) |
90 pontos
(40+50) |
O objectivo do declarante - fazer as suas vazas
Para atingir
os seus interesses, o declarante terá de ter presente
alguns conceitos importantes. Em primeiro lugar, o papel determinante
das cartas mestres, estudadas no capítulo anterior. Em
segundo lugar, a diferença que existe entre naipes simétricos
e assimétricos. Aqui, assume particular importância,
o factor timing, i.e., a altura certa de jogar uma determinada
carta.
O papel das pequenas cartas
Em bridge,
as cartas pequenas estão longe de poderem ser negligenciáveis.
Repare no exemplo seguinte:
Onde
e quando realizar as vazas
Na tarefa
de fazer vazas, o declarante deve estar atento a estes dois factores.
Onde, quer dizer qual a mão do campo que vai realizar
a vaza - a mão do morto ou a mão do declarante.
Quando, significa determinar a altura exacta em que se encontra
numa ou noutra mão, em função da conveniência.
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ONDE:
Norte e Sul vão realizar uma vaza cada, desde que obedeçam
ao princípio de não jogar duas cartas mestres na
mesma jogada
QUANDO:
O declarante pode escolher a mão com a qual irá
realizar a primeira vaza: com o §R do morto (Norte) ou com o §A da mão (Sul). A escolha
tem, normalmente, a ver com a forma de manejar os restantes naipes. |
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A realização de vazas
ª AR3
© DV9
¨ A52
§ V743 |
Oeste saiu ao ¨R. Coloque-se como declarante,
em Sul, e tente responder às seguintes questões:
1ª
questão: Quantas vazas seguras tenho?
Para responder
a esta questão, deverá contar todas as cartas mestres
do morto e da mão, naipe por naipe e analisar quantas
vazas poderá realizar com essas cartas em cada naipe.
Vamos ver:
ESPADAS: 3 cartas mestres e 3 vazas. Existem 3 cartas pequenas
para cada uma das cartas mestres
COPAS: 0 cartas mestres (falta o Ás), logo 0 vazas.
OIROS: 1 carta mestre, logo, 1 vaza
PAUS: 4 cartas mestres e 4 vazas. Existem 4 cartas pequenas para
cada uma das cartas mestres.
2ª
questão: Onde estão as cartas mestres?
Em Espadas, 2 em
Norte e 1 em Sul, em Oiros, 1 em Norte, em Paus, 3 em Sul e 1
em Norte. Logo, existem 4 cartas mestres em Norte e outras tantas
em Sul.
3ª
questão: Quando devo ficar com a mão em Norte e
quando devo ficar em Sul?
Neste diagrama,
uma vez que os naipes são simétricos nas duas mãos,
a questão é irrelevante |
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ª D94
© R108
¨ 763
§ ARD2 |
O método
descrito é válido para todos os jogos de Sem Trunfo
(ST) e é conhecido por PLANO DE JOGO. Mas a vida nem sempre é assim tão
fácil para o declarante. Veremos a seguir o que acontece
no caso de existirem naipes assimétricos. |